segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Jovens emigram cada vez mais e sem noção dos perigos


Com o intuito de alertar os mais jovens, sobretudo os "grupos de risco" como os alunos dos cursos profissionalizantes, "mais permeáveis ao abandono precoce da escola" e a procurarem "soluções financeiras mais apressadas", o ex-director do SEF, José Felisberto Almeida, abordou hoje, na Escola Jaime Moniz, o tema da migração ilegal e tráfico de pessoas. À margem da conferência, frisou que, devido à fragilidade económica, "mais jovens estão a partir, no sentido de poderem agilizar e corresponder às expectativas frustradas dos pais, nomeadamente ao nível do ensino profissionalizante".

José Felisberto Almeida disse ainda que o mercado laboral, neste momento, em Portugal oferece "cada vez menos perigos", já que as ofertas de emprego são cada vez menores. "Isso incentiva os estudantes ou pretensos estudantes para que abandonem e se dirijam normalmente para o Reino Unido, Suíça, Luxemburgo, França, locais para onde eles vão mais", frisou, apontando, no entanto, que, na Região, são poucos os casos de exploração envolvendo madeirenses. "São poucos, mas são traumáticos, alguns deles",continuou, alertanto para o facto de poder haver um incremento devido à situação actual do país.

O ex-director do SEF sublinhou também que se assiste hoje a uma "procura informal". "No passado, muita gente se chocava quando o Governo Regional 'controlava' as saídas para Jersey e para as ilhas do Canal, no entanto, essas soluções, comparadas com as soluções de hoje, eram consolidadas, seguras e responsáveis, o que estamos a ver hoje é cada um por si", rematou.

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